Publicações
2194 Resultados
Filtrar
Caça-Palavras Agroflorestal ✨🌳
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/e5fcc804-8fe9-4c2f-047c-afd0f0274200/instagram
https://customer-syjwzwtdg7xvq690.cloudflarestream.com/677c56399cd5fba155576658935bbfb8/thumbnails/thumbnail.jpg
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/860154c2-74bc-4309-d029-8f0494481000/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/dbc66e12-582a-4b65-2b7e-4a3a975ae700/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/358e18af-98ec-4a6a-51ff-9f14c9175e00/thumb
Bom dia galera! Bora jogar um caça-palavras agroflorestal? 🎯
Comentar
URUCUMACUÃ BY H.H.ENTRINGER PEREIRA LIVRO 3 CAPITULO 70
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/5af53e15-da35-480c-1c18-bc5cb93a4600/instagram
A VIAGEM DO PRÍNCIPE Havia uma década que o Palácio Fortaleza não se engalanava daquele jeito. A criadagem movimentava-se com inexplicável alegria. Preparar-se para a visita do Grande Rei, depois de tantos anos, trazia vigor, promessas de evocação dos tempos áureos, quando a prosperidade e a boa fortuna andavam de parelha espargindo felicidade a toda cidadela do Elo Dourado. Príncipe Urucumacuã e o irmão Kurokuru esperavam ávidos por aquela visita. Quando souberam das inovações que a comitiva do Grande Rei sempre trazia em suas três fabulosas naus, dos exóticos e luxuosos presentes originários de reinados distantes, dos novos instrumentos musicais e das invenções inusitadas capazes de transformar a rotina do Elo Dourado, alimentaram a esperança de que o benfazejo e sábio visitante lhes ensinasse novas ciências e habilidades, além de aprender se expressar em idiomas diferentes. Príncipe Kurokuru não demonstrava o mesmo interesse que o irmão pela aprendizagem de novidades instrumentais: bastavam para ele lições de botânica aliadas ao conhecimento de ervas raras para confecção de chás e infusões capazes de curar enfermidades ainda não relacionadas nos livros de cata-logo. Além do Grande Rei, era aguardada com alarido a volta da Rainha Alimpa, personagem marcante, de traços fisionômicos fortes e exóticos, que deixara impressões inesquecíveis pela habilidade no trato da estética feminina, além de suas amalucadas invenções cosméticas que agradaram em cheio rainhas e princesas. Que traria ela desta vez? Perguntavam, curiosas, as damas de companhia das rainhas e as criadas das senhoras de prestígio. Rei Médium e Rainha Gônia haviam mandado, com alguma antecedência, mensageiros aos reinados vizinhos para convidar seus soberanos ao Elo Dourado para prestigiar a visita da nobilíssima Corte. Cuidando de restringir os convites, entretanto, excluíram do rol o soberano do Reino de Trindade, Rei Mor e seus cortesãos, por dois motivos: não desejavam a presença do Bruxo Neno e do próprio Rei Mor no território do Elo Dourado. O primeiro, pelas atitudes insanas, quando utilizou largamente seus conhecimentos de magia e encantamentos, deixando um rastro irreversível de confusão e sofrimento; além disso, recaíam sobre ele suspeitas de furtar não só as mandrágoras do Mago Natu, como as misteriosas caixas de metais e os estilhaços do Espelho Universal, desaparecendo sorrateiro, sem se despedir. O segundo porque promovera a circulação de rumores de que andava planejando invadir com seu exército de Caçadores de Cornos as terras deixadas pelo falecido Barão de Corumbi, cujos limites confrontavam-se tanto com as terras do Império do Elo Dourado, quanto do Reinado de Avilhanas e de Trindade. O Barão de Corumbi, falecido há pouco tempo, era dono de uma grande extensão de terras agricultáveis, de excelente qualidade, encravadas na divisa entre os três maiores reinados: Elo Dourado, Avilhanas e Trindade. Anualmente, o barão arava e plantava as fecundas sementes que o Grande Rei outrora lhe presenteara, trazidas das terras longínquas do Baixo Nilo, no Egito, ao tempo de sua primeira viagem àquela região, quando o pai do Rei Médium, Rei Pay, ainda era vivo e o Imperador Médium era solteiro. Ao entregar as sementes, o Grande Rei disse ao barão: 282 H. H. Entringer Pereira — Cultivai estas sementes em vossas terras, Corumbi! Plante, pois, algo dão! Já viúvo, Barão de Corumbi dedicou-se com afinco ao plantio das sementes, colhendo safras e mais safras do algo dão, fornecendo para todos os reinados vizinhos matéria-prima à feitura de tecidos e outras serventias. Prosperou e enriqueceu rapidamente, porém se manteve pelo resto de seus dias em celibatária viuvez, tributada ao extremo devotamento à memória de sua fiel e adorável esposa, a quem dedicou incondicional amor pelo curto espaço de tempo em que estiveram casados. A morte de sua jovem companheira, grávida de poucos meses, num acidente de cavalo, causou-lhe tanta dor e tão incurável sofrimento que até o dia de sua própria morte, quase quarenta anos depois, na sepultura da esposa ainda havia flores frescas trazidas por ele, na visita do dia anterior. Diariamente, o Barão de Corumbi cumpria religioso e estranho ritual: arava mais e mais terras para o cultivo dos algo dão e, ao pôr do sol, antes de escurecer, dirigia-se ao cemitério, onde permanecia por alguns minutos em monótono solilóquio, sentado sobre a lápide do túmulo da mulher. Suspeitavam de sua sanidade mental, mas nenhum outro comportamento extravagante se somava a este, além do hábito rotineiro do trabalho, comandando com generosidade e bondade a dezenas de servos e empregados. A notícia da morte súbita do barão abalou sobremaneira o Rei Médium e açodou no Rei Mor a ganância pela posse das terras que Corumbi ara. Rei Médium esperava entrar em negociações com o Rei Mor, propondo que repartissem toda a propriedade entre os leais servidores do barão, dividindo-a em parcelas de iguais tamanhos, por entender que era essa a única medida de justiça, dado ao fato de que ele não havia deixado herdeiros, nem possuía parentes conhecidos. A ambição do Rei Mor impedia que aceitasse a proposta do Rei Médium para concretizar o acordo. Mais de uma vez, os andarilhos de Trindade chegaram ao Palácio Fortaleza com rumores de que o Rei Mor se preparava para invadir as terras e se apoderar de tudo pela força, porquanto suas forjas funcionavam incessantemente na produção de lanças, espadas e outros instrumentos bélicos. A visita do Grande Rei, em tão boa ocasião, traria certamente a solução para selar acordo sobre a tempestiva questão e colocar ponto final nos inquietantes rumores. Pela disposição do Rei Médium de orientar-se primeiramente com o Grande Rei, para depois enviar emissários ao reino de Trindade com novas propostas capazes de satisfazer a ambos, desatendeu aos conselhos do Mago Natu, mantendo suspenso o convite aos vizinhos do Reino de Trindade para as festividades do insigne visitante. Tal atitude, no entanto, chegou ao conhecimento do Rei Mor e contribuiu para incitar ainda mais rivalidade ao desafeto e atiçar o ódio do Bruxo Neno ao Mago Natu. Rei Médium também não se esquecera de que na última vez em que seus cavaleiros foram a Trindade para os torneios na Hípica Tenusa, durante as festividades do casamento do Bruxo Neno com a bela serva Murmur, o desfecho da corrida deixou um saldo lastimável, convenientemente não elucidado: seus dois melhores animais de corrida, o cavalo Temperado e a égua Ventania, assim como a égua do Rei Boio, a Boa Bisca, tiveram os olhos perfurados e as patas quebradas, além do coudel Jóke, o tratador 283 H. H. Entringer Pereira dos cavalos estabulados, encontrado morto e sem ferimentos aparentes, mas com a língua enegrecida, sintomática de envenenamento por estramônio. — Temperado foi um inigualável vencedor – disse, como se precisasse refazer o episódio para que Mago Natu o compreendesse. – Há quem acredite que um dos motivos que contribuíram para intensificar a rivalidade do Rei Mor comigo reside no fato de ele ter apostado muito ouro e perdido tudo naquela corrida. A égua Tempestade derrotada não só por Temperado, mas também pela égua Boa Bisca, do Rei Kornio, era a favorita da criação do Rei Mor, até eu entrar nas corridas com o corcel Temperado e a égua Ventania. Tempestade foi uma boa corredora, mas naquela oportunidade, em meio à raia, Temperado levou de atropelada outros dez rivais e na transposição do disco, abriu 3 1/2 de vantagem sobre Tempestade. A égua Boa Bisca, do Rei Kornio, chegou em segundo, com desvantagem de 1 ¼. — Por que Temperado não correu mais depois daquela vez, meu pai? Surpreso com a pergunta, Rei Médium se deu conta de que o Príncipe Urucumacuã estava por perto, enquanto evocava lembranças para justificar sua decisão de não mandar convites ao Rei Mor e a seus vassalos para a temporada da visita do Grande Rei ao Elo Dourado. Entretanto, quem respondeu foi Mago Natu, pois aquele assunto já havia sido falado tanto a um quanto ao outro príncipe no período em que passaram reclusos no Santuário do Mago, na primeira fase de iniciação: — Porque no dia seguinte à corrida, Temperado estava cego, com um olho perfurado, as éguas Boa Bisca e Ventania com as patas dianteiras quebradas tiveram de ser sacrificadas e o coudel Jóque, que montara Tempestade, fora morto por envenenamento. — Rei Mor que mandou fazer aquelas maldades, Mago Natu? — Não podemos afirmar. Ninguém viu nada. A única pessoa que poderia ter visto estava morta. — Meu pai não se interessou por apurar a verdade? — Aconselhei-o a não fazer retaliações. Apenas lhe disse que não participasse mais das corridas na Hípica Tenusa, nem fosse ao Reinado de Trindade. — O Rei Kornio e outros também fizeram a mesma coisa – acrescentou o Imperador. – Por isso, até hoje, dos doze reinos que prestigiavam as corridas, somente três ou quatro, os de menor expressão, continuam atendendo aos convites do Rei Mor. — Eu sinto, Mago Natu, que um dia vou descobrir toda a verdade. — Verdade, Urucum, um dia! Os três saíram do salão, quando ouviram o tinir de uma sineta. Príncipe Urucumacuã avistou Professora Plínia ensinando algo à sua irmã. Gentilmente convidou-as para que fizessem juntos a refeição da tarde. Príncipe Kurokuru, que há algum tempo não participava das lições com a professora, sem demonstrar muito interesse por todas aquelas histórias, havia saído sob o pretexto de que precisava lavar-se antes de ir ao salão de refeições. Professora Plínia guardou seus preciosos manuscritos, com o zelo de sempre, dizendo: — Urucum, creio que amanhã conversaremos a respeito da festa de casamento do Conde Rasku, o tio da sua futura noiva, para que saibas como a senhorita Pan Thera, 284 H. H. Entringer Pereira a Marquesa de Sonça, transformou-se na fera encantada: aquela que vagueia nas florestas pelas noites de lua cheia, enfeitiçando os homens com sua beleza e ferocidade. — Professora Plínia, a tia Alzira já me contou algumas coisas. É ela mesma a Sonça Pintada, de olhar agateado, que deixa apaixonado o coração de quem olha em seus olhos? — Humm, vejo que já te interessastes... mas, cuidado! Além de sedutora, ela é extremamente feroz e vingativa. Um verdadeiro perigo, porque é traiçoeira. Creio que esta história só podereis conhecer depois que voltares da grande viagem. — Sim, bem sei. Além disso, a senhora também revelará como o menino Sacipe Ererê ficou invisível, depois de vencer a maior corrida Numpessó, quando eu e Kururu nascemos e ... Ao ouvir o chamado do irmão, Professora Plínia antecipou-se: — Sim, Urucum, saberás disto e muito mais... peça ao Mago Natu para vos contar o que aconteceu quando o Bruxo Neno se casou com a bela serva Murmur. Ele conhece a história completa. Vamos, penso que vossos pais estão nos aguardando para a ceia. No dia seguinte, enquanto Príncipe Kurokuru se preparava para sair com o pai à cata de mais folhas, para enriquecer as coleções de cata-logo, Príncipe Urucumacuã esperava pelo Mago Natu na sala de reuniões, para saber mais histórias do Bruxo Neno. Com muita objetividade, a descrição dos acontecimentos foi assim resumida:
Comentar
Manejo de resíduos
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/377c42f4-d2f4-4f3f-5138-3c6b029d9000/instagram
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/9d88dc18-af8c-4d14-7401-5a306d7bc300/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/8040e8ea-d52f-452e-5c63-558021255f00/thumb
Adicionando resíduos domésticos à compostagem realizado no mês de setembro
Comentar
Plantio medicinais
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/a5eee971-c55e-495f-1f26-b631c6d01a00/instagram
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/ab21cb0c-c433-4156-c473-25cec27a7800/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/9bc223c9-a6ff-4b97-e89a-281094e92100/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/a5eee971-c55e-495f-1f26-b631c6d01a00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/50356ac3-9e69-457a-548a-2a9835081e00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/5e7f4033-7f09-46f8-e2aa-63ae7447ba00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/a5eee971-c55e-495f-1f26-b631c6d01a00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/fe713ee7-4ad8-4337-72c6-c81df99d0100/thumb
Realizamos evento de plantio de mudas medicinais, complementando o desenho da horta e aumentando a diversificação.
Comentar
Pela saúde, pela liberdade e pela justiça
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/29026d39-9a26-4cc6-489d-3247ccc3a600/instagram
Bom dia amigas(os) PELA SAÚDE, PELA LIBERDADE E PELA JUSTIÇA — CLÃ ÑANDE REKO “Seguimos confiantes na força da natureza, na verdade que vem do coração e no amor que nos guia como família.” Segue abaixo nossa campanha de financiamento para arcar com os custos para provar a saúde dos nossos filhos na justiça. No link abaixo segue todas as informações do financiamento. Agradecermos de coração, seu apoio e pedimos que compartilhe para que possamos alcançar a meta no prazo. Gratidão Amor paz e harmonia Clã Nande reko. Saúde e bem está das Crianças https://apoia.se/saudeejusticapelainfancia
Comentar
URUCUMACUÃ BY H.H.ENTRINGER PEREIRA LIVRO 3 CAPÍTULO 69
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/ec70a32e-0c84-44c4-56e4-c56624647900/instagram
A CASA DA TOLERÂNCIA Desagradava ao Rei Médium relembrar os sinistros episódios que, por alguns tempos, mergulharam a atmosfera do Império do Elo Dourado em nostalgia e pesar. Retomar lembranças da época em que a Casa da Tolerância abrigara as quatro princesas deserdadas e desprezadas, condenadas ao exílio e abandonadas pelas próprias famílias, consternava o Imperador e afligia profundamente Rainha Gônia. Ambos preferiam conversar amenidades, que não provocavam tanto desalento. Mas entendiam também que, como parte da história daquele reinado, tudo de ruim e de bom que se registrara durante o período das duas maiores festas já comemoradas deveria ser conhecido e apreciado indistintamente pelos membros da família real. Era bom também que se aproveitasse a oportunidade da visita da Rainha Alzira, antes que ela regressasse, dado ao tempo que ficavam sem notícias ou visitantes entre um e outro reinado. Pediram, assim, ao Mago Natu que prosseguisse com o assunto, cuidando que os príncipes não se assustassem, nem se escandalizassem, a despeito de sua pouca idade. Sem entrelaçar os episódios do sexto dia com os outros, Mago Natu contornou com maestria os aspectos obscenos dos fatos, deixando em segundo plano as intervenções sombrias, provocadas e evidenciadas pelo Bruxo Neno: — Ao fim do sétimo dia dos festejos, quando fizemos a conferência geral, os pais das princesas Zônia, Pir Anhá e Ariranhá decidiram que não voltariam aos seus reinados com as filhas. A Princesa Arraia já tinha sido abandonada pela mãe, Rainha Tapera, que preferiu retornar ao seu reinado sozinha, na qualidade de pobre viúva. Não restava ao Rei Médium outra opção senão acolher as quatro rejeitadas. Permaneceram, então, sob a responsabilidade do Imperador. A rotina deste reinado, então, modificou-se. As princesas ganharam cada uma um corcel branco, e para cumprir tarefas, passavam horas e horas cavalgando durante o dia. Auxiliavam os peões do Imperador na lida de juntar o rebanho de búfalos espalhado pelo menino Sacipe Ererê, no dia em que venceu a corrida Numpessó e desapareceu, continuando invisível, até quando não se sabe, galopando seu indomável corcel negro. — Mago Natu, quanto tempo as quatro princesas moraram na Casa da Tolerância? — Meu prezado Urucum, das quatro, a única que saiu da Casa da Tolerância para levar a vida igual a nós foi a Princesa Zônia. Rei Inci, que também ficara neste reinado, apaixonou-se por ela irremediavelmente. Ao declarar que amava Zônia, pediu ao Rei Médium licença para levá-la daquele local, indo com ela habitar as terras bem distantes daqui, nos altos montes e prados, propícios à criação de cavalos. Desejava ter muitos filhos, fundar um novo reinado a setentrião, depois da travessia do grande rio. Rei Médium abençoou a união dos dois, porque Rei Inci também não possuía outros herdeiros: seus dois filhos foram encantados; a Princesa Putha transformara-se na mãe d´água, a sereia Iara; o Príncipe Putho, no Botô ; a mulher, Rainha Régia, na flor Vitória-Régia; e o neto, filho da Putha, encarnou-se no peixe vermelho que tem esqueleto ósseo, o Pirarucu. Rei Médium presenteou o casal, então, com um dos melhores lotes de éguas puro-sangue, dois garanhões de alta linhagem, doando ao casal 279 H. H. Entringer Pereira os búfalos que a própria Princesa Zônia havia auxiliado a recuperar e ajuntar nos campos alagados do reinado. Supriu-lhes de considerável carregamento de ouro e pedras preciosas. Foi muito comovente a festa de casamento dos dois. Até hoje, ouve-se contar esta história, que se espalhou pelas terras longínquas. Sabemos notícias de que já possuem sete filhas, sendo três pares delas gêmeas, e que o Rei Inci, de fato, é tão devotado à esposa Zônia, que denominou toda a extensão de seu novo reinado Amazônia. — E as terras de seu antigo reinado, para quem ficaram? À pergunta do Príncipe Kurokuru, Mago Natu continuou contando: — Negociou, trocando-as por ouro e prata com o Imperador, vosso pai, para aumentar ainda mais a extensão do Império do Elo Dourado! — As outras três para onde foram? — Ah, essa também é uma história interessante. Quando as princesas Pir Anhá, Arraia e Ariranhá ficaram solitárias, depois que cumpriam suas cotidianas tarefas de campear o rebanho de búfalos do Imperador, para não se entregar à tristeza e ao desengano, realizavam festinhas com apresentação de músicas, danças e números teatrais, que elas lembravam do tempo em que moravam em seus palácios. Em pouco tempo, os rapazes solteiros do reinado iam às dúzias para a Casa da Tolerância, participar das comemorações das mera atrizes. Elas se divertiam e os moços também. Até que numa noite de lua cheia, próximo à meia-noite, quando as mera atrizes já se preparavam para fechar a casa, um jovem muito formoso, de roupa cor-de-rosa e um chapéu coco preto, adentrou o salão e causou um frenesi jamais visto no ambiente. As três moçoilas ficaram totalmente fascinadas pelo forasteiro. Sem mais dar atenção aos poucos frequentadores que restavam na casa, desvelaram-se em atenção ao desconhecido, que executava com maestria canções amorosas nunca ouvidas, dedilhando um instrumento desconhecido, dançando extraordinariamente bem. Não levou muito tempo, as beldades entregaram-se a ele sem restrições. Permitiram-se todos os tipos de libertinagem, escandalizando os jovens pudicos que ainda aguardavam receber de alguma delas um olhar mais afetuoso ou a honra de um número de dança. Desalentados pela falta de atenção, os moços contentaram-se em divertir-se com o espetáculo lascivo e voluptuoso que gratuitamente lhes foi oferecido. Até que, abruptamente, ao cantar do primeiro galo, o galanteador licencioso e luxuriante deixou-as sem se despedir e partiu veloz em direção ao rio, deixando para trás suas vestes cor-de-rosa e seu chapeuzinho preto! — Sim, Mago Natu, mas as princesas... — Ah, as princesas! Pois bem. Saíram alucinadas, em completo desvario, perseguindo como caçador à caça o cavalheiro galanteador. O guapo mancebo esquivara-se para evitar o frenético assédio das moçoilas e atirou-se nas águas do rio Aguaporé, desparecendo de suas vistas. Inconsoladas, jogaram-se também atrás dele, na esperança de capturar o príncipe encantado. Atraídas pelo jovem enfeitiçado, Arraia e Pir Anhá nunca mais voltaram à terra firme. Continuam vivendo n’água, contaminadas pelo enfeitiçamento com as minhas mandrágoras, furtadas pelo Bruxo Neno e usadas indevidamente em poções e pós na noite do grande baile. Princesa Ariranhá também se transformou num ser meio aquático, meio terrestre. Vive um pouco na água e um pouco 280 H. H. Entringer Pereira fora, passeando pelas barrancas, onde se alimenta devorando peixes pequenos. O Botô, por sua vez, continua habitando com elas no rio. Quando em vez, dependendo das conjunções astrais, nas noites de plenilúnio, quando o perfume das flores de primavera enche os campos de aromas sutis, Botô sai da água, volta ao seu formato de gente por algumas horas e vem até as barrancas, onde beiradeiros e pescadores costumam fazer festas. Algumas moças ainda se encantam com ele. Não raro, as desavisadas desaparecem para sempre nas águas do rio, na tentativa de segui-lo. Despertado o interesse da Rainha Alzira em saber como o Bruxo Neno se envolvera em todos aqueles episódios depois que furtou as mandrágoras, perguntou ao Mago Natu: — O Senhor acredita que, antes da Feiticeira Zureta morrer, ela contou ao Bruxo Neno de quem ele era filho? — Certamente que não. Se ela tivesse feito isso, ele a teria matado logo em seguida. Não suportaria saber que tanto a mãe quanto a avó ocultaram esse segredo por tanto tempo. Bruxo Neno é filho legítimo do Rei Barbo, irmão gêmeo do Rei Mor, por isso tão semelhantes fisicamente! O que é pior: o herdeiro legítimo do trono de Trindade é o Bruxo Neno, porque foi o que nasceu primeiro! Todavia, o Rei Barbo só concordou em assumir e criar o segundo dos filhos, porque aparentemente era mais saudável e graúdo, abandonando o outro com a mãe, a Feiticeira Zureta, sob pena de morte se ela ou a avó, Bruxa Bizarra, revelassem que haviam nascido dois meninos. Nem mesmo o Rei Mor sabe que é filho da Feiticeira Zuzu, neto da Bruxa Bizarra, que fez o parto e levou pessoalmente o bebê ao palácio de Trindade para ser “adotado” pelo Rei Barbo. Nem Bruxo Neno sabe que é filho de Barbo... Um não conheceu o nome de sua mãe porque, quando Rei Barbo engravidou a Feiticeira Zuzu, já estava viúvo, sua esposa morreu sem deixar herdeiros. O outro não conheceu o pai porque fora gerado num ritual de iniciação em magia sexual. Nesses casos, não se costuma investigar paternidade quando a neófita engravida. Resumindo, nem um, nem outro desconfia que são irmãos e gêmeos. — Ah, tenho certeza então de que nem Bruxo Neno nem Rei Mor jamais saberão disso – arrematou Rainha Alzira. — Tia Alzira, um dia alguém terá de contar para eles... – interveio Príncipe Kurokuru. — É. Tenho certeza de que vai sobrar para mim – concluiu Príncipe Urucumacuã. — Exatamente – confirmou Mago Natu – mas deixemos que o tempo cuide de tudo isto...
Comentar
🌎✨ Somos finalistas!
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/4bd16e8f-f5e3-465c-a94f-fdea4d8be700/instagram
A FUM DAO está na final do programa BioCidades Empreendedoras, iniciativa da ONU, Fundação Grupo Boticário e parceiros que acreditam no poder das cidades sustentáveis. Do coração de São Paulo, mostramos que é possível transformar resíduos orgânicos em regeneração, economia circular e novas oportunidades. Obrigado a todos que acreditam nessa jornada — equipe, parceiros e comunidade que fazem parte do Círculo Vivo 💚 O futuro é verde, urbano e coletivo. #FUMDAO #BioCidades #CírculoVivo #InovaçãoVerde #ImpactoESG #EconomiaCircular #MoscaSoldadoNegro #ResíduosOrgânicos #FuturoSustentável
Comentar
Qual é sua vibe hoje?
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/f35a48a3-1f38-4854-2378-361035edb000/instagram
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/3833b25a-fd92-4d23-7d43-b8e319b90600/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/df80126f-b751-4234-ba52-b46891d39f00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/bb0f679d-5d4e-48a7-4854-8b9a8b5e8e00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/cc14b21b-8e91-48dd-3864-05a9811d0400/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/1f841e8d-3828-4d16-4c63-22d43e9b5100/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/09adfaaf-0474-4388-80d1-b30b9d565d00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/8e285bc4-db35-4b49-6e11-3dc518311400/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/2925521e-5c89-4538-0a2b-7ac28d6d5100/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/d8ceb2c1-9087-4291-0a77-3fb007608f00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/f36f17c5-4919-4d95-4d61-c866a19d0000/thumb
Qual é sua vibe hoje? Conta pra gente! Comenta aqui embaixo! 🌾- Tentando florescer mesmo com pouca água e muito boleto 🌞- Só existindo no sol (modo fotossíntese) 🌻- Tentando achar meu sol, mas nublou justo hoje 🐓- Acordei cedo mas ainda to processando 🌿 - Brotando no meu tempinho, igual semente de Tucumã Conta pra gente nos comentários? 🌳 🌳 🌳 🌳 🌳 🌳 🌳 🌳 🌳
Comentar
💚 UMA GRANDE VITÓRIA PARA A NOSSA MISSÃO! 💚
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/87207fa4-f12c-4095-3bd7-01fba6313600/instagram
Olá, comunidade EKONAVI! O E-co.lab foi oficialmente selecionado como um de apenas 32 projetos em todo o mundo elegíveis ao Retro9000, o prestigioso programa de fomento da Avalanche Foundation! O que isso significa, em termos simples? Significa que a fundação por trás de uma das maiores tecnologias blockchain do mundo reconheceu o E-co.lab como um projeto de "bem público" com potencial para trazer um valor imenso para todo o ecossistema. É o selo de aprovação mais importante que poderíamos receber. Esta conquista não é apenas do E-co.lab, mas de toda a nossa comunidade que acredita que podemos usar a tecnologia para criar um futuro mais transparente e regenerativo. Isso prova que a nossa visão de unir sustentabilidade e Web3 não é apenas um sonho, mas uma realidade que está sendo reconhecida em escala global. Nos próximos dias, a votação da comunidade será crucial para que possamos garantir os recursos para acelerar nosso desenvolvimento. Qualquer apoio, mesmo que seja compartilhando esta notícia, faz uma diferença gigantesca. Para quem quiser ver nosso projeto na lista oficial: https://x.com/ecolab_web3/status/1976286702642557198 Um forte abraço, e venha construir com a gente!
Comentar
O papel da Brigada Voluntária do PA quilombo
@
https://customer-syjwzwtdg7xvq690.cloudflarestream.com/c52309f0c424c72fa65488446e1c03ea/thumbnails/thumbnail.jpg
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/967e4f58-a6c4-4adb-c130-f707ff236c00/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/4b9de952-26fd-457f-0c07-10fee0d4a200/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/340b7947-3a4e-4ae0-2b2a-6db03e369400/thumb
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/39a07098-8eda-4846-1b2d-27a756146200/thumb
Uma das entregas mais importantes, da APAQ - Associação do PA Quilombo, é sem dúvida, a Brigada Pantaneira Voluntária do PA Quilombo. O PA Quilombo exitebdesde 1994, ele está localizado em uma microrregião importante, por tratar de um corredor ambiental, que por anos a fio, foi vítima de incêndios irresponsáveis. Os danos provocados aos próprios moradores é lamentável. Sem contar com a diminuição da flora e da fauna. O Assentamento Quilombo fica entre o Lago do Manso e uma elevação rochosa de aproximadamente 100m de altura. Ainda é possível apreciar por aqui, aves, pássaros, mamíferos variados. Os quais quando escapam às queimadas, vão se ausentando aos poucos em busca de proteção.. A Brigada do PA Quilombo, está empenhada em sensibilizar a população, para não atear fogo em lixo e cisco de fundo de quintal. Os voluntários são poucos, mas são dedicados ao propósito de eliminar qualquer foco de calor, para evitar tragédias irreparáveis. Ontem estiveram no combate a esse incêndio, Jose Carlos, Eliene, Edimar Amorim e Brazdyvinnuh.
Comentar
NINGUÉM TÁ FALANDO SOBRE ISSO.
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/59d56a58-8c51-437b-271b-8a04cd551700/instagram
As periferias estão sentadas em cima de uma mina de ouro verde. Enquanto o mercado de crédito de carbono movimenta bilhões globalmente, os territórios de invisibilidade que abrigam mais milhões de pessoas - seguem à margem desta economia. A ironia é brutal: 🌳 As periferias preservam as últimas áreas verdes da cidade ♻️ Desenvolvem sistemas informais de reciclagem altamente eficientes 🌱 Mantêm hortas urbanas e práticas de agricultura familiar 🤝 Possuem forte capital social e organização comunitária Ou seja, JÁ FAZEM tudo que o mercado de carbono valoriza. Mas não capturam esse valor. O problema? Falta de acesso a: → Informação sobre o mercado de carbono → Capacitação técnica para certificação → Capital inicial para projetos → Redes de conexão com compradores A pergunta que não quer calar: Quando vamos parar de tratar sustentabilidade como privilégio de bairro nobre e começar a democratizar o acesso aos mercados verdes? Um projeto de reflorestamento comunitário em Cidade Tiradentes pode gerar R$ 100 mil/ano em créditos de carbono. Uma cooperativa de reciclagem no Capão Redondo pode dobrar sua receita com certificação adequada. Isso não é caridade. É JUSTIÇA CLIMÁTICA. As periferias não precisam apenas "ser incluídas" na agenda ESG. Elas precisam ser PROTAGONISTAS da transição ecológica urbana. Quem aqui tá trabalhando com soluções reais para democratizar o acesso ao mercado de crédito de carbono nas periferias? Vamos conectar. #CreditoDeCarbono #JusticaClimatica #PeriferiaSustentavel #ESG #ImpactoSocial #SaoPaulo #Sustentabilidade #EconomiaVerde #InclusaoSocial
Comentar
URUCUMACUÃ BY H.H.ENTRINGER PEREIRA - LIVRO 3 CAP. 68
@
https://imagedelivery.net/Zup8WBbIN5Thd9Z4UDwdTA/1b299a15-eb91-41df-1072-f93236669b00/instagram
A VOLTA DO SANTUÁRIO Desde que voltaram do Santuário do Mago, no primeiro período de sua iniciação nos mistérios e nas ciências naturais, letras e números, Príncipe Urucumacuã e Príncipe Kurokuru manifestavam diferentes formas de compreender fatos e acontecimentos. Um se dedicava com afinco e devoção às elevações espirituais, artísticas e ciências ocultas. Outro importava-se em aplicar métodos práticos na pesquisa de fórmulas com vegetais e receitas perfeitas para conhecer e curar os males do corpo. Mago Natu apreciava as aptidões individuais e gostava de passar grande parte de seu tempo alimentando de desafios a inteligência de ambos, para que desenvolvessem sempre mais seus dons inatos, talentos morais, intelectuais e espirituais. Surpreendiam, não raro, seus pais com lembranças de episódios passados em épocas de tenra idade, quando nem falavam, nem andavam, mas relatavam com detalhes ocorrências que poucos se davam conta ou recordavam, porque não estavam registradas nos manuscritos da Professora Plínia. Uma noite, depois de jantarem, Príncipe Urucumacuã aguardou sua vez de animar a conversa que se prolongara até a hora de dormir e perguntou ao pai: — Meu pai, tivestes notícia do que aconteceu ao Rei Inci, depois que se enamorou da Princesa Zônia e a pediu em casamento, tirando-a da Casa da Tolerância? Rei Médium olhou para o Mago Natu, como se dependesse de seu consentimento para responder à pergunta do filho. Mago Natu, esboçando um sorriso maroto, antecipou a resposta: — Essa parte não fui eu quem contou. Tampouco consta nos registros da Professora Plínia, que leram enquanto internos no Santuário. Todavia, tenho para mim que ele sabe exatamente tudo o que aconteceu. — O que te lembras a esse respeito, meu filho? Ou melhor, a pergunta deve ser outra: quem te falou a respeito disso? — Meu pai, gostaria que me falasse sobre a Casa da Tolerância, porque me vêm à memória recordações dos rostos das quatro damas que por lá permaneceram algum tempo. — Lembras-te dos nomes delas? — Penso que sim: Princesa Zônia, Princesa Arraia, Princesa Pir Anhá e Princesa Ariranhá. — Exatamente. As outras duas, Princesa Putha e Princesa Ti, se encantaram antes mesmo de ir para a Casa da Tolerância; e as princesas Arraia, Pir Anhá e Ariranhá também se encantaram tempos depois. A única delas que vive atualmente numa região muito distante deste reinado é a Princesa Zônia. Quando Rei Inci declarou amar Zônia, tirou-a daquele lugar e mudou-se com ela para muito longe. Dizem que estão criando cavalos e que têm seis filhas, todas muito valentes, excelentes cavalgadoras, belas como a mãe e bravas como o pai! — Ufa! – exclamou Kurokuru. – Acho que depois dessa vou dormir. Boa noite a todos. — Amanhã, então, continuaremos com a história – interveio Mago Natu, para que o Príncipe Kurokuru também pudesse apreciá-la.
Comentar
🏡 Criar Projeto
📣 Criar Publicação
📆 Criar Evento
🎁 Criar Produto

É grátis para criar e aproveitar os benefícios da rede Ekonavi.

🟢 Rodada de Regeneração 15 patrocinada por Arbitrum One

Boletim Informativo da Ekonavi

©2024 Ekonavi, Inc. - Termos e Conditions de Uso  0.11.63 - main