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Bambu Ecológico

Estrada principal do Canta galo SN Sítio Canta galo
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Van, Serviços, Artes
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Agroindústria, Bambu, Bioconstrução, Consultoria, Cursos, Pesquisa, Preservação, Voluntariado
Fone: 35998172071
Instagram: @fabiotakwara
Sobre
Nascido em SP no inverno dos caranguejos de 1966, sob a regência rebelde do Cavalo de Fogo, o poder do Dragão Harmônico Vermelho, kim nº 1 dos Maias, filho de Ogum, o santo ferramenteiro e general dos exércitos, na pátria mãe de todos, a África. Com esta configuração globo astrológica, vim ao mundo para ser apedrejado. Expulso da escola pela 1ª vez em 1978, me tornei auto-didata por repressão e continuo até hoje por pura convicção (se quiser o meu currículo que não lattes e nem mordereis, leia em Ficha de Anarquista no medium.com). O meu interesse pelo bambu se deu 1998, no estado do Goiás, quando já trabalhava numa pesquisa de papel artesanal com fibra de bananeira, uma fábrica no quintal que produzia folhas e produtos como luminárias com armação de bambu, confeccionadas por um membro da comunidade que utilizava as sobras de uma fábrica de móveis. Fui conhecer a fábrica – Artesã Móveis – que utilizava o bambu, junco e o vime, fibras já há muito utilizadas pelos povos do Oriente e tive um bom contato com os processos de fabricação, uma vez que fiz o portfólio de fotografia digital da empresa por 15 dias de sessão. No ano 2000 sofri um acidente que afetou a coluna vertebral de ponta-a-ponta e me tirou do combate por 5 anos, deixando sequelas que carrego até hoje. Em 2009, por forças do destino, vim parar em São Tomé das Letras, região onde nasceram meus pais, e herdei um sítio de +ou- cinco hectares sendo 1ha do bambu da movelaria, a cana-da-índia, o bambu dourado, o bambu que serve para dentro e não para fora de casa. No sítio não havia casa e como o bambu tomou conta da área mais privilegiada do terreno, onde existe água, tornou-se para mim um duplo desafio, administrar as terras que continuam até hoje produzindo floresta nativa nos braços da Mata Atlântica, e iniciei uma pesquisa de como utilizar aquele bambu para a construção de uma habitação resiliente, e, mais importante, conter este bambu que configura uma ameaça, dado o seu potencial de alastramento. Comecei me valendo dos métodos já conhecidos, que além dos impactos causados na sua produção – inseticidas (que nunca usei) tintas e vernizes voláteis de pouca duração – produzem resíduos indesejáveis para o meio ambiente e a saúde dos usuários. Descobri em 2012 um poliuretano vegetal obtido do óleo da mamona, utilizado na biomedicina para a produção de próteses humanas (leia nos artigos…), uma pesquisa realizada no Brasil desde 1994 que inspirou a engenharia civil para a produção de impermeabilizantes de alto desempenho. Em 2013, o proprietário da Imperveg Polímeros Vegetais, empresa situada no interior de SP, demonstrou interesse pela minha pesquisa e passou a fornecer amostras para testes com o bambu. Em 2014, em Brasília no Sítio Permacultural Geranium, consegui apoio para a construção do primeiro protótipo em tamanho real de uma estrutura com 80m² de área útil e vão livre de 10m de diâmetro, uma cúpula geodésica composta de 165 varas de bambu e 150 chapas de papelão e tecido, utilizadas na cobertura, cobertas com a resina de mamona e areia fina para melhorar a resistência (detalhes no YouTube). A essa altura já havia desistido da casa no campo e passei a dar cursos e estudar formas de certificação da descoberta, testes laboratoriais e certificações para a difusão em massa, que até hoje não consegui. Em 2018 fui convidado pela profª dra Tânia Cruz, socióloga e coord. da engª ambiental na UnB, faculdade de Planaltina, cidade histórica que abriga o fenômeno do Encontro das Águas e uma população gigantesca de assentados da reforma agrária, sem teto, abrigados em barracões improvisados. Com a parceria de alunos e o coletivo CalangArte, fundamos o LaPeCFaS – Laboratório de Pesquisas em Construção e Fazeres Sustentáveis – um projeto de extensão continuada que identificou na ESECAE – Reserva Ecológica de Águas Emendadas – uma população de uma espécie de bambu exótico de comportamento invasor, um irmão mais forte do bambu dourado, o Mossô, também conhecido como bambu japonês – trazidos pelos imigrantes – que atinge até 15m de altura e diâmetro de 10cm, uma fortaleza. Iniciamos uma pesquisa de erradicação da espécie, levando-se em conta o risco de proliferação dentro da reserva, envolvendo a comunidade local no manejo. Aprovamos projeto de implantação de uma eco-indústria comunitária no FDD – Fundo de Direitos Difusos – verba de 7,5mi, que obviamente não foi liberada. Em 2019, em parceria com o IFB – Instituto Federal de Brasília – faculdade de Agroecologia do campus de Planaltina, conduzimos uma pesquisa para o tratamento ecológico do bambu retirado da reserva, valendo-se das experiências negativas já realizadas em outros trabalhos que utilizavam o Boro e o Sulfato de Cobre como imunizante. O estudo de referências acadêmicas, publicadas nos mais diversos canais de pesquisa pelo mundo, resultaram na concepção de um forno que utiliza o próprio resíduo, no caso a fumaça da lenha utilizada para gerar vapor, como imunizante, a fumaça líquida ou Ácido Pirolenhoso. Com as restrições à pesquisas, impostas pelo regime governamental somadas a COVID-19, os trabalhos foram descontinuados e retornei para o meu sítio em Minas Geras, onde construí um outro protótipo do forno, compartilhando os resultados com a equipe do IFB por via remota. As diretrizes governamentais de qualquer regime, ignoram o poder de regeneração socioeconômica e ambiental inerentes às cadeias de produção do bambu. Conduzir a pesquisa independente do poder público, é tarefa que a sociedade consciente e organizada devem assumir, promovendo formas de difusão e apoio financeiro, assegurando o futuro das próximas gerações (Leia em a Ecologia do Bambu). A proposta aqui sugerida, trata de um experimento social inédito, uma vez que as cadeias de produção do bambu no Brasil, ainda não saíram do plano dos sonhos. Pretende-se utilizar a área acima citada, no município de São Tomé das Letras-MG, como estudo de implantação de uma unidade produtiva de baixo impacto ambiental, que servirá de modelo para replicação em outras localidades onde existem a ocorrência de bambuzais e populações vulneráveis. O estudo abrangerá a quantificação da biomassa coletada e o seu percentual de fixação de carbono, por meio dos produtos acabados que serão desenvolvidos em função da tipologia do material: varas inteiras, pontas, retalhos, folhas, serragem. O manejo da área cultivada contará com a colheita e o beneficiamento dos brotos para alimentação, promovendo ainda a contenção e a saúde do bambuzal. Os resultados obtidos servirão de base para projetos futuros de expansão e a previsão aproximada do crédito de carbono alcançado, servindo de inspiração para outras iniciativas. A estruturação do local, assim como todo o desenvolvimento do estudo, se dará de forma popular, por meio de cursos abertos, voluntariado, parcerias público/privadas, intercâmbios, e, necessitará de um bom suporte financeiro para se tornar acessível ao seu público-alvo. Esta ação é de caráter permanente, com início previsto para maio/23, instituindo no espaço um centro livre de pesquisa, aprendizagem e difusão de tecnologias sociais aplicadas às cadeias produtivas do bambu em nosso país. Acompanhem a grade de eventos e NOVAS UNIDADES, neste canal. Interessados em se aprofundar e/ou colaborar com a planejamento e a execução deste trabalho, sintam-se convidad@s! Inshjalá!
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Adeus Google #NFT
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A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente em nossas vidas, seja no uso de assistentes virtuais em smartphones, sistemas de reconhecimento facial em aeroportos ou em programas de previsão do tempo. Uma das ferramentas mais promissoras da IA é o chatbot, um programa que utiliza técnicas de inteligência artificial para interagir com usuários de forma natural e automatizada. O Chat-openai (https://chat.openai.com/) é um exemplo de chatbot baseado em IA desenvolvido pela OpenAI. Com uma interface simples e intuitiva, ele é capaz de entender a linguagem natural dos usuários e fornecer respostas precisas e relevantes em questão de segundos. O Chat-openai é uma ferramenta destinada a qualquer pessoa que busque informações precisas e em tempo real sobre qualquer assunto. Seja para tirar dúvidas sobre um produto ou serviço, obter informações sobre um determinado tema ou simplesmente conversar, o Chat-openai pode ser uma solução rápida e eficiente. Uma das principais funções práticas do Chat-openai é a sua capacidade de aprender e evoluir com o tempo. Isso significa que, quanto mais interações ele tiver com os usuários, mais ele será capaz de compreender e responder de forma precisa e adequada às perguntas e solicitações dos usuários. Outra função importante do Chat-openai é a possibilidade de integrá-lo a sistemas de atendimento ao cliente, permitindo que empresas possam oferecer um atendimento personalizado e eficiente aos seus clientes. Além disso, o Chat-openai pode ser utilizado em diversas áreas, desde o setor de saúde, auxiliando médicos no diagnóstico e tratamento de pacientes, até o setor financeiro, ajudando clientes a realizar transações e investimentos. Em resumo, o Chat-openai é uma ferramenta poderosa e versátil que utiliza a inteligência artificial para oferecer respostas precisas e em tempo real aos usuários. Com sua capacidade de aprendizado e integração a outros sistemas, ele é capaz de atender às mais diversas demandas, tornando-se uma ferramenta essencial em diversos setores e aplicações.
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São Thomé – Sonho ou Realidade? Ver pra crer...
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São Thomé das Letras é uma cidade do Sul de Minas Gerais, situada a 1440m de altitude e aproximadamente a 300km das capitais de MG, SP e RJ. A região foi originalmente ocupada pelo índios Caraguases que habitavam as grutas e encostas rochosas e segundo uma das lendas, um jesuíta passou a habitar a gruta onde existem inscrições rupestres em forma de letras, o qual era devoto do Apóstolo São Tomé e levava consigo uma imagem do santo a quem os Caraguases se dirigiam como “Sumé!” em tom de reverência, em agradecimento ao auxílio prestado pelo peregrino. Acredita-se que com a passagem da expedição de Fernão Dias em busca do ouro, essas populações tenham sido dizimadas e a imagem esquecida na gruta no final do séc. XVII, por um dos expedicionários. Diz outra lenda que um escravo de nome José Antão teria fugido da senzala e se abrigou na gruta, encontrando a estátua e a aparição de uma pessoa de trato fino que o obrigou a levar uma mensagem escrita para o seu antigo senhor, na qual ordenava a alforria do escravo analfabeto. O fazendeiro prendeu o escravo, guardou a imagem e se dirigiu a gruta quando lá encontrou a estátua deixada na fazenda e não havia sinal de ninguém. Foi então que em 23 de março de 1770, João Francisco Junqueira libertou José Antão e pediu ao padre para erguer uma capela, onde se formou um povoado que em 1785 era denominado, Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, recebe a igreja da Matriz com obras do discípulo de Aleijadinho, José da Natividade e ninguém mais falou do santo e nem da imagem milagrosa. Em 30 de agosto de 1966, foi ratificada a Lei Estadual 2.764 e São Thomé das Letras assume a condição de município. A cidade compõe os circuitos turísticos da Estrada Real, Montanhas e Serras da Mantiqueira, sendo visitada desde a década de 1970, quando os primeiros hippies se instalaram na região e é um dos 30 destinos turísticos mais importantes do estado atualmente. A economia é baseada na agropecuária, extração mineral de pedras e o turismo. Com uma população estimada de 7.151 habitantes (IBGE 2021), em 2020, a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 21,4% e o salário médio mensal era de 1,4 salários mínimos. Em 2010, a população sem emprego formal tinha rendimentos de até 1/2 salário, com variações de 1/4 e até 1/8, somando 36,6% da população (dados não atualizados). O PIB per capita foi de R$15.920,53 com 16,8 milhões das receitas de fontes externas (93%) e despesas de 15,7 milhões (IBGE 2017), está em 569º lugar entre os 853 municípios do estado, numa das regiões mais belas do país onde a circulação de pessoas, bens e serviços é bastante expressiva. A exploração da pedra São Tomé representa 90% das exportações minerais de quartzo folhado no Brasil e empregava no setor, apenas em São Tomé mais de 2.000 pessoas, segundo artigo publicado na Revista Saúde Ocupacional, São Paulo 2011, em um estudo realizado com trabalhadores onde aproximadamente 20% apresentavam Silicose, uma pneumopatia ocupacional grave. Com uma extensão territorial de 369km², integra a bacia do Rio Grande e a sub-bacia do Rio Verde possuindo duas APAs (Área de Proteção Ambiental), a APA do Cantagalo instituída em 1994 e a APA São Thomé em 2003 que se sobrepõe numa área de aproximadamente 10.000 hectares, abrigando as nascentes do Rio Caí, Córrego Marcelina e Ribeirão Cantagalo que desaguam no Rio do Peixe, que por sua vez recebe o esgoto coletado de 79% dos domicílios (IBGE 2021), o que é considerado adequado. A área rural, que corresponde a maior visitação turística, não possui um plano diretor de ocupação, havendo domicílios improvisados, agro-indústrias, hotéis, restaurantes, pousadas, com a captação de água e o esgotamento sem um estudo apropriado. A urbanização descontrolada, com animais domésticos que ameaçam a fauna nativa, a produção de resíduos sólidos assim como o uso indiscriminado de lenha e madeira coletada nas matas, configuram um impacto ambiental grave, além das lavouras de soja e café que se espalham pela região, somados aos danos causados pela mineração. Segundo regulamentação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) Lei 9.985 de 2000, o plano de manejo de unidades de conservação deveria ser elaborado num prazo de cinco anos a partir da sua criação, no entanto, até hoje não foi regulamentado no município. O elevado índice de visitação pode triplicar a população em um fim de semana, a especulação imobiliária, o aumento de condomínios residenciais e o crescente êxodo urbano, notado nos grandes centros principalmente de jovens entre 18 a 30 anos, faz com que a população fixa não declarada aumente exponencialmente, principalmente nos últimos anos, com a COVID-19, cujo o levantamento feito pelo IBGE, a ser publicado, não consegue apurar devido a constante flutuação e/ou a declaração em outro domicílio. A forma de ocupação territorial em uma APA, necessita de um regimento que considere os aspectos relacionados aos impactos causados à área protegida em função do uso que dela se faz. A proteção dos recursos naturais existentes, assim como o acesso e a distribuição, inclusive financeira, sobretudo quanto a água e o saneamento, deve ser feita pelo gestor público, aplicando as normas já existentes para todo o país. Na falta de gestores públicos, seja por incompetência ou insuficiência de recursos (sic..), cabe à sociedade organizada tomar as rédeas do que, neste caso, trata da sua própria existência, como residentes e empreendedores (sic...). Essa conta não se faz de números, faz-se de consciência. E este é apenas um dos paraísos imaginários desta nação.
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ENZIMAS DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS #NFT
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Passando pra divulgar essa pesquisa P. das Galáxias... https://ciagro.institutoidv.org/ciagro/uploads/1753.pdf
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Biomassa Prensada — Um recurso de uso obscuro no Brasil
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Biomassa é todo recurso de matéria orgânica renovável utilizada para a produção de alimento, energia termoelétrica ou combustíveis. Sua origem pode ser animal (dejetos, camas de aviários, bovino,etc), florestal (galhos, podas, troncos), agrícola (palhas de arroz, soja, milho, cana-de-açucar, cascas e sementes), industriais e urbanas (retalhos, maravalhas, serragem e o lixo, resíduos sólidos e líquidos). Dentre algumas formas de aproveitamento da biomassa pode-se destacar duas de altíssimo potencial energético, tanto no poder calorífico quanto regenerador de riquezas, conforto e prosperidade. Na China são utilizados há várias décadas, hoje com o apelido de Bamllet por serem fabricados com bambu e no mundo são conhecidos como Wood Pellet (pelota de madeira) ou simplesmente Briquete. Briquetes e Pellets são uma espécie de carvão usinado, produzidos a partir de matéria orgânica animal ou vegetal prensada e podem ser utilizados para energia (queima) ou alimento (pellet de ração animal). As diferenças entre um e outro são a origem, dimensão e os processos de produção, enquanto briquetes variam entre 6 cm a 20 cm de diâmetro e até 40 cm de comprimento, os pellets ou pelotas não passam de 3 x 4cm com mínimas de 2mm x 2mm. O adensamento e a compressão podem chegar a pressão de 100 Mpa, cargas de 5t a 10t e tensões de 100 a 150 kg/cm², provocando o aquecimento da matéria prima a uma temperatura de 140ºC a 250ºC, gerando a polimerização da lignina ao material celulósico conferindo alta densidade, resistência, maior poder calorífico e queima lenta com baixas emissões. Tecnicamente a história dos briquetes de carvão teve início em 1897 com a primeira patente e as primeiras fábricas surgindo depois da Primeira Guerra nos EUA, no entanto o seu uso é bem anterior havendo técnicas ancestrais vindas da África e posteriormente aplicadas por populações vulneráveis e empregados das minas de extração que utilizavam o pó de carvão para a fabricação de briquetes de uso doméstico. Em 1920, diz a lenda que Henry Ford criou o primeiro briquete de fibras vegetais com sobras de madeira de sua fábrica para alimentar o seu Ford T apelidado de Ford Carvão, em seguida a empresa foi vendida para a Kingsford Charcoal que produz carvão compactado até hoje. Já os Pellets surgiram na década de 1970 e a primeira indústria em 1982 na Suécia como uma evolução tecnológica dos briquetes em termos de manuseio, armazenagem e automatização dos sistemas de abastecimento do combustível. Em um artigo publicado na Revista Pesquisa — FAPESP ed. 320 em out/22, foi divulgada a pesquisa do engenheiro industrial Diogo Aparecido Lopes Silva, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus de Sorocaba, sob a ótica da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), técnica que analisa os potenciais impactos ambientais associados a todas as fases de vida de um produto, serviço ou processo, da extração de matéria-prima à destinação final. Empregados principalmente no setor industrial, briquetes e pellets são alternativas ao carvão vegetal, lenha e combustíveis fósseis na geração de energia térmica ou elétrica. Em escala residencial, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, são usados no aquecimento de fogões e lareiras. Segundo o estudo os dois combustíveis são alternativas eficientes, ele exemplifica: 3,5m³ de pellets de madeira podem substituir 7m³ de madeira bruta em razão do menor teor de umidade, que confere ao pellet maior densidade energética. Esses 3,5m³ de pellets têm a mesma eficiência energética de 1m³ de óleo combustível, com ganho financeiro e ambiental. “Além de quase seis vezes mais baratos do que o óleo diesel, considerando a cotação do dólar em torno de R$ 5,2 [valor médio de setembro], emitem menos gases de efeito estufa [GEE] durante o processo de combustão e são considerados neutros em carbono, porque o dióxido de carbono [CO₂] emitido na queima é recuperado no crescimento das espécies vegetais”, a utilização de pellets e briquetes de resíduos de madeira para fins de aquecimento residencial, pode liberar na atmosfera até 1/10 do CO₂ emitido por combustíveis à base de petróleo e 1/6 do liberado pelo gás natural, informa o pesquisador. Em outro artigo publicado na Acta Biomédica Brasiliensia — Volume 9/ nº 1/ Abril de 2018, pesquisadores das universidades Cândido Mendes e Estadual do Norte Fluminense-RJ, realizaram o mapeamento de publicações de artigos relacionados a normas e padrões de qualidade aplicadas na sua fabricação pelo mundo. Em um período de dez anos (2008–2018) foram encontradas normas ISO apenas na Europa e Estados Unidos. Devido o grande número de normas aplicadas na Europa, em 2011 foi estabelecido um padrão único na UE, a ENPlus que se aplica a briquetes e pellets de forma diferenciada, tornando-se atualmente uma certificação internacional de padronagem deste tipo de biocombustível o que, segundo os autores, dispensa o Brasil e outros países de criarem suas próprias normas, exceto nos EUA que estabeleceram um norma única para as duas categorias de produto. O sistema de certificação ENplus® define três classes de qualidade para pellets. Estas estão baseadas nas classes definidas na ISO 17225–2 e enumeram-se de ENplus® A1, ENplus® A2 e ENplus® B, sendo para briquetes apenas as classes A1 e A2. As características do produto encontrada em cada classificação, são rigorosamente controladas devido ao uso em equipamentos projetados em função dessas características (densidade, poder calorífico, alimentação manual ou automática). A busca por fontes renováveis de energia está impulsionando o mercado mundial, em 2021 a produção global divulgada considerando a importação e a exportação foram de 29 milhões de toneladas e a estimativa é que até 2025 somente a UE possa consumir 50 milhões de toneladas, se quiser cumprir com as metas de redução dos GEE dos últimos acordos. Os maiores exportadores são os EUA com 26% seguido pele Vietnã com 3,8 milhões de ton, a Rússia aparece com 2,2 milhões. A Coreia do Sul e o Japão surgiram como o segundo e o quarto maiores importadores, 6,5 milhões de toneladas somadas entre os dois países, mais da metade produzidas no Vietnã. Outros países exportadores da Ásia incluíram Malásia, Indonésia e leste da Rússia. O Brasil alcançou 700 mil toneladas, 49% foram para o Reino Unido e Itália e o consumo interno corresponde a 51% da produção. No Brasil, a fabricação se dá normalmente a partir de resíduos da exploração de eucalipto, pinus e acácia-negra. Essas três espécies de árvores figuram como os cultivos florestais mais abundantes no país e são utilizadas nas indústrias de produção de tanino, celulose e papel, móveis, tábuas e painéis de madeira. Grande parte dessa produção é consumida pela própria indústria geradora dos resíduos em suas instalações, fornos, caldeiras, etc. A certificação ENplus® desqualifica boa parte dos estoques naturais de biomassa vegetal para a produção de pellets A1, considerada a classe Premium de mercado aplicada a qualquer norma, o que inviabiliza a utilização desses materiais abundantes em países como o Brasil, com um preço competitivo no mercado de exportações. Atualmente operam no Brasil mais de 50 indústrias de pellets, boa parte financiada com recursos diretos de países da UE que certifica e compra a produção, o que torna a operação atraente porém limitada devido o estoque de matéria-prima qualificada para a certificação mais rentável. Essa é uma preocupação que vem sendo levantada por especialistas do setor no Brasil que conduzem pesquisas e projetos para o plantio de espécies adequadas para atender o mercado em expansão, no entanto, não consideram o potencial da biomassa disponível no país. Em vários estudos, o bambu apareceu como um forte candidato a ocupar a classe B da norma ENplus® devido a uniformidade e resistência das fibras, alta resistência, densidade, teor calorífico e uma incrível e insuperável taxa de reprodução e crescimento no reino vegetal. Os artigos publicados sobre o uso do bambu como carvão no Brasil, datam de 1987, quando foi constatado o seu potencial de uso superior ao eucalipto, perdendo apenas pela quantidade de cinzas geradas após a queima, algo em torno de 1/20 a mais que outras espécies, resultados esses que foram confirmados nas pesquisas recentes com pellets de bambu em comparação com outras fontes de biomassa. O custo de implantação de uma indústria de Wood Pellet gira em torno de R$ 2,5 milhões, com a produção e venda garantidas pela financiadora (Itália) e o retorno de 1/3 do investimento no primeiro ano, segundo informações apuradas na ABIB — Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa Bioenergia Bioeletricidade Pellets. Existem outras opções de financiamento internacional (UE) com venda e certificação garantidas, a China é uma grande fornecedora de máquinas certificadas específicas para bambu em que podem ser utilizadas outras espécies vegetais de mesma densidade ou mais baixa, no entanto, é possível encontrar no Brasil fabricantes de equipamentos que atendem às especificações da norma a um custo bastante competitivo, o que faltam são políticas públicas de incentivo e financiamento. De um modo geral, as prensas de briquetes e pellets são projetadas para o processamento de 500kg a 1t de biomassa/hora, havendo a disponibilidade de matéria-prima moída e seca para a produção. Em 2021, um levantamento feito pelo Think Tank International Cabon Brief, apontou os cinco países que mais poluem no mundo: EUA, China, Rússia, Brasil e Indonésia. No Brasil e na Indonésia, a maior parte das emissões vem da decomposição espontânea de florestas, queimadas, desmatamento e o uso impróprio do solo (agricultura, pecuária, mineração) e não da queima de combustíveis fósseis, como ocorre com os demais grandes poluidores. O uso da biomassa de reaproveitamento é uma opção viável para o equilíbrio deste cenário, podendo ser qualificada como uma Solução Baseada na Natureza (SbN), baseado nos conceitos estabelecidos pelo PNUD em 2022: ”São ações para proteger, conservar, restaurar, visando o manejo sustentável de recursos naturais ou modificados dos ecossistemas terrestres, de água doce, costeiros e marinhos, que também abordam desafios sociais, econômicos e ambientais de forma eficaz e adaptável ao mesmo tempo em que promove bem-estar humano, serviços ecossistêmicos, resiliência e benefícios para a biodiversidade.” Recursos internacionais destinados ao Brasil com esta finalidade são vultuosos, apenas a Alemanha contribuiu com €$ 200 milhões este ano para ações na Amazônia e a produção de energia limpa. O Brasil é o país com a maior cobertura florestal do planeta 58% de seu território, 334 milhões de hectares, 5% da superfície terrestre e abriga 35 gêneros e 258 espécies nativas de bambu das 1600 existentes, sendo 120 endêmicas, que só ocorrem aqui. Apenas no estado do Acre está contida a maior floresta natural de bambu do planeta, 4,5 milhões de hectares compondo uma mancha de 150.000km² que se estende até os Andes, passando pelo estado do Amazonas alcançando os países da Colômbia e Perú. A exploração industrial do bambu é notada no setor de celulose, configurando a maior plantação comercial de bambu das Américas no estado de Pernambuco, Maranhão e Bahia. Estima-se no país 1,5 milhão de hectares de florestas de bambu cultivadas e outras centenas de milhares espalhadas em todos os biomas, com exceção da Caatinga e o Pantanal, sem qualquer estudo, manejo ou utilização. A cobertura de bambu no mundo corresponde a 9% de todas as florestas existentes. O que difere o bambu de outras espécies vegetais, é o fato dele não apresentar um ciclo de floração definido e quando isto acontece, todos os indivíduos morrem num esforço coletivo para a produção de sementes. Este fenômeno que intriga os pesquisadores, dificulta a projeção de cálculos do rendimento de uma plantação durante o seu ciclo inteiro de vida, uma vez que a comunidade inteira pode morrer subitamente aos 20 ou 200 anos de idade. A boa e a má notícia é que por se tratar de uma gramínea o seu ciclo de brotação é anual durante toda a sua existência, gerando um volume de biomassa verde em torno de 50t a 100t por ha/ano a depender da espécie, no entanto, é sabido que uma floresta bem manejada pode produzir por séculos. Portanto, diferente de uma floresta arbórea, o bambu não pode ser plantado e esquecido como uma plantação de Mogno ou Araucária. Diante do que foi exposto, fica evidente que o Brasil precisa sim de uma norma para a fabricação de biocombustíveis sólidos, utilizando a biomassa dos estoques naturais. Incentivar pesquisas, classificando materiais e determinando as formas de uso desse combustível no pais ou a sua adequação às normas de exportação. A China, com 6,5 milhões de hectares de bambu comercial, emprega 100 milhões de habitantes nas suas cadeias de produção. Se o Bamllet produzido no Brasil não atende às exigências da UE, existe o mercado interno e inúmeras outras formas de uso e comércio, nem que seja exportar para a própria China que tem menos bambu que o Brasil e 10x a nossa população. Espero que essas informações tenham sido úteis e possam chegar ao conhecimento da cúpula de comando desta nau desgovernada, corrigindo o leme da nação.
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O Mercado do Bambu no Brasil
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OBrasil é conhecido como o país da biodiversidade, e não é para menos, o seu território corresponde a 17% da área terrestre tropical, 12% das águas superficiais, 11% de todas as plantas conhecidas no planeta e é claro que temos bambu. O bambu possui em torno 1600 espécies de 120 gêneros, 40% das espécies se encontram nas Américas, o Brasil abriga 35 gêneros e 258 espécies nativas sendo 120 endêmicas, que só ocorrem aqui! Apenas no estado do Acre está contida a maior floresta de bambu natural do mundo, 4,5 milhões de hectares compondo uma mancha de 150.000km² que se estende até os Andes, passando pelo estado do Amazonas, Colômbia e Perú. Uma coletânea de artigos científicos publicados em universidades do Brasil (EMBRAPA, 2019 O Bambu Brasileiro), que embora em teor mais de 90% tratem de espécies asiáticas e a despeito das políticas públicas nada favoráveis, nota-se o interesse em desenvolver essa cadeia de produção no país, resta saber para quem. Os investimentos em P&D são medíocres, o bambu é ainda considerado uma praga agrícola no país, não figura nem como tema transversal nos currículos das ciências naturais, agrárias e tampouco em nenhuma das engenharias, seja como matéria ou material nobre. Não existem no sistema público, escolas técnicas e de formação profissional especializadas em bambu. Em 8 de setembro de 2011 foi promulgada a Lei 12.484, esta lei instituiu a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu — PNMCB, que tem por objetivo o desenvolvimento da cultura do bambu no Brasil por meio de ações governamentais e de empreendimentos privados. Em seu artigo 3º lê-se: “São diretrizes da PNMCB o desenvolvimento de polos de manejo sustentado, cultivo e de beneficiamento de bambu, em especial nas regiões de maior ocorrência de estoques naturais do vegetal, em regiões cuja produção agrícola baseia-se em unidades familiares de produção e no entorno de centros geradores de tecnologias aplicáveis ao produto.” Enquanto políticas públicas não são efetivamente adotadas, o mercado se ajusta com as suas próprias regras, algumas conquistas questionáveis foram celebradas por entusiastas e investidores, como a entrada do Brasil na INBAR — International Network for Bamboo And Ratan — organização criada na China para o apoio ao desenvolvimento do bambu no mundo, uma incentivadora de commodities que conta com mais de 40 países associados. Os acordos de cooperação técnica que foram selados com a China até agora, resultaram na publicação acima citada, visitas técnicas entre os dois países e o desenvolvimento de pesquisas voltadas para cultivo de espécies asiáticas em território nacional, algumas até então inexistentes em solo brasileiro. O que não se vê ainda são as diretrizes voltadas para os estoques naturais e a tão desejada parcela de participação do social no desenvolvimento sustentável proclamado com o bambu. Seria injusto deixar de citar o estado do Acre que promoveu avanços significativos na legislação conquistando a “permissão” para o extrativismo do bambu na floresta amazônica, que há muito já deveria ter sido incluído nas lista de produtos florestais madeireiros, evitando a derrubada de milhares de árvores ilegalmente. O estado de Santa Catarina também é um exemplo de avanço na legislação e inúmeras iniciativas de associações, grupos de estudo e fomento, tomadas pela sociedade sem qualquer regência governamental, fazem surgir exponencialmente a cada dia um novo negócio sustentável focado em bambu no país. Apesar de até hoje não figurar em números no setor financeiro, o bambu é utilizado no Basil desde tempos remotos, é possível encontrar no Museu Imperial artefatos daquela época, além de inúmeras publicações com ilustrações e relatos de trançados utilizados até hoje em esteiras para forros de construções, carro de boi, peneiras, balaios, movelaria, cercas e utensílios diversos, sem contar a produção dos povos indígenas. Na academia é possível encontrar artigos da década de 1970, tratando do seu uso na irrigação como tubos e calhas para condução de água e na construção de estruturas construtivas. No estado de Pernambuco, até poucos anos operava uma empresa do grupo Tapajós, desde a década de 80, na fabricação de papelão com celulose extraída da maior floresta artificial comercial de bambu das Américas. Segundo informações dadas à imprensa, a empresa migraria para o ramo de carvão ativado de bambu, porém nenhum sinal ainda foi dado. Com exceção da Caatinga, o bambu é encontrado naturalmente em todos os biomas brasileiros, configurando muitas vezes um problema ambiental grave devido o comportamento invasivo de algumas espécies, sobretudo as exóticas asiáticas alastrantes que se desenvolvem agressivamente sufocando ambientes nativos. Acredita-se, por falta de estudo aprofundado, que além das plantações comerciais, estimuladas pela Lei, somadas a grande mancha da Amazônia, possam existir ainda centenas de milhares de hectares de bambu espalhados pelo país, especialmente na Mata Atlântica, sem qualquer tipo de manejo, estudo ou aproveitamento. Tendo como obstáculo a legislação caduca, que proíbe o corte do bambu sob o argumento de preservação ambiental, o que sobra é um gigantesco desperdício de matéria prima e a liberação de toneladas de carbono não fixado, devido a degradação espontânea, postergando a criação de milhares de empregos e renda para as populações vulneráveis, mantidas longe da sociedade de consumo, por detrás das florestas do bambu protegido. Ainda que sem uma política de gestão definida, o Brasil já conseguiu aprovar a norma construtiva NBR16828–1 de 12/2020, acenando com um horizonte de entusiasmo para o investimento em habitações de interesse social e baixo impacto ambiental. Como se vê, em se tratando de bambu o mercado no Brasil é um oceano de oportunidades.
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O Poliuretano Vegetal
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Poliuretanos, são polímeros, moléculas menores que se combinam quimicamente para formar moléculas longas e ramificadas. São exemplos de polímeros, todos os plásticos conhecidos. Policarbonato (PC), Policloreto de vinilo ou cloreto de polivinila (PVC), Poliestireno (PS), Polipropileno (PP), Polietileno Tereftalato (PET), Plexiglas ou acrílico (PMMA) e os poliuretanos (PU). A popularização desses materiais, permitiu à sociedade produtiva, criar inúmeras formas de aplicação, para um infinidade de artigos que estão presentes praticamente em todo o planeta, seja como objeto de uso ou como resíduo descartado. Um estudo conduzido pelo WWF em 2017, apontou que sete países produzem juntos quase 300 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano, o primeiro foi EUA com 70mi e 34% de reciclagem, seguido pela China 54mi-21%, Índia 19mi-5%, o Brasil com 12mi e míseros 1,28% reciclados, Indonésia 9mi-3%, Rússia 8mi-3%, Alemanha 8mi-37%, Reino Unido 7mi-31%, Japão 7mi 5%, Canadá 6mi 21%. Metade de todos os plásticos que poluem o mundo, foram produzidos a partir do ano 2000 e 75% de todo o plástico já produzido, foi descartado. Alguns plásticos podem levar de 200 a 500 anos para se decompor na natureza. O Poliuretano compreende uma cadeia de unidades orgânicas unidas por ligações uretânicas, compostos orgânicos que compartilham de um mesmo grupo funcional (-NH(CO)O-). É largamente utilizado em tintas, impermeabilizantes, espumas rígidas e flexíveis, adesivos de alto desempenho, compósitos de fibras, preservativos, carpetes, elastômetros e peças de plástico rígido, dentre muitas outras. A sua criação é atribuída ao químico alemão Otto Byer, no início da segunda guerra mundial, em substituição a borracha utilizada em máquinas e armamentos. Sua composição é obtida a partir de um poliol, como o óxido de propileno, óxidos de propileno/etileno, óxido de tetrametileno e glicóis (PPG’s), combinados com um catalisador orgânico à base de isocianatos, que provoca uma reação de policondensação. É geralmente complementada com a adição de elementos voláteis, como a acetona, cloreto de metileno e fluorocarbonetos. Substâncias tóxicas, derivadas do petróleo, poluentes e cancerígenas. O PU Vegetal, é também uma criação de Otto Byer na década de 1940 (quem cria o veneno tem sempre um antídoto), no entanto, só foi sintetizado comercialmente em 1994, na Universidade de São Carlos-SP, no Brasil, pelo professor de química Gilberto Chierice. Atendendo uma demanda da ELETROBRÁS, o prof. Chierice criou a patente do primeiro elastômetro vegetal da história, que foi vendida para a empresa e utilizados nos cabeamentos subterrâneos, com durabilidade e resistência muito superiores aos convencionais, produzidos com o PU mineral. Com o dinheiro arrecadado, o prof. Investiu tudo em um laboratório na universidade e se dedicou a pesquisas com o pu vegetal, na produção de próteses ósseas humanas, em substituição ao titânio e outros metais, utilizados até hoje. A pesquisa do prof Chierice foi desencadeada, juntamente com a do Biodiesel, desenvolvida na mesma universidade e que utiliza o óleo de mamona (Ricinus Communis L.) como componente fundamental. O poliol da mamona, combinado com o MDI, uma classe de isocianatos mais elaborados, que permitem maior liberdade nas formulações, produzindo um polímero de alta resistência, preservando as características bactericida e fungicida, inerentes à mamona, Ricinus Communis L., que tem os ácidos graxos, muito semelhantes às gorduras do ser humano criando uma harmonia que inibe qualquer rejeição à prótese implantada. Os PU’s desenvolvidos pelo prof. Chierice, aplicados à biomedicina, eram produzidos pela Poliquil, uma empresa também criada por este gênio da inovação na cidade de Araraquara-SP, passando a ser compartilhados, à título de pesquisa, com outros cientistas do mundo. A inovação tecnológica apresentada e comprovada com inúmeros testes em países como Argentina e Chile, foi batizada nos EUA pelo Food and Drug Administration (FDA), de RG Kryptonite, numa referência ao Super Homem, o herói do planeta Krypton, que em 1938, viajou para a Terra em partículas de cristais para salvar o nosso planeta das idiotices da raça humana, nas HQ de Joe Shuster e Jerry Siegel. Próteses ósseas biônicas, reconstituição craniana de poli traumatizados e no rejuvenescimento da pele por meio de micro, filetes implantados sob a derme flácida, a sua utilização no Brasil é ainda incipiente, apesar da importância da descoberta e centenas de teses publicadas pelo mundo, vinha sendo aplicado em trabalhos como o do Instituto do Coração INCOR-USP, onde foi criado um órgão funcional extracorpóreo e portátil, para melhorar a qualidade de vida de pacientes à espera de um implante. A regulamentação e a adoção deste material no mercado mundial, encontra barreiras que nem mesmo o Super Homem conseguiu derrubar, a burocracia de órgãos regulamentadores do Brasil, como a ANVISA, que leva em média três anos para emitir um Certificado de Boas Práticas de Fabricação, até hoje não deferiu o pedido solicitado (dados IPEA 2006). Nos EUA , os derivados da mamona são rigorosamente controlados, devido a Ricina, considerada uma das mais potentes toxinas de origem vegetal até hoje encontrada, a proteína do poder, do Antrax. O prof. Chierice afirmava que o óleo da mamona é um recurso natural valioso, “é como arar a terra com um Rolls-Royce”, dizia. Considerava um desperdício a sua utilização na produção do biodiesel, podendo para isso, utilizar óleos menos nobres, como o da soja ou amendoim. Faleceu aos 75 anos em 2019 e, como aposentado, criou ainda a Pílula do Câncer. Os derivados da mamona são velhos conhecidos da humanidade, na técnica de mumificação do antigo Egito e como combustível das lamparinas dos escravos na Índia, o óleo é atualmente utilizado na composição de cosméticos, pomadas bactericidas e fungicidas, suplemento nutricional para plantas e animais, graxas, adesivos e lubrificantes automotivos. O Brasil, que já fora o maior produtor de óleo de mamona do mundo, encontra-se hoje na terceira posição, com 6% da produção mundial, dominada pela China e Índia, celeiro de produção dos países “desenvolvidos”, que ditam o que pode ou não ser produzido para consumo no planeta. Encontram-se ainda no Brasil, na região de São Carlos, zona Oeste do Estado de São Paulo, algumas pequenas empresas criadas e inspiradas pela garra e entusiasmo do prof. Chierice, investindo na produção de PU’s Vegetais para a construção civil que são utilizados como impermeabilizantes nas mais diversas aplicações, pisos industriais, coberturas, tanques de tratamento de esgoto (ETE’s), armazenamento de água potável, adesivos e espumas de alta densidade utilizadas em juntas de dilatação, blocos de modelagem e colagens dos mais diversos tipos. Diversas aplicações vem sendo pesquisadas e aplicadas na composição de aglomerados de fibra, na madeira em substituição aos vernizes, adesivos para laminados, papelão, embalagens, etc, e permite o seu uso em qualquer segmento ocupado pelos PU’s minerais convencionais. São biodegradáveis em até 30 anos, atóxicos e sustentáveis. Há oito anos, realizo pesquisas com o uso deste produto que ainda só é fabricado no Brasil, na impermeabilização e colagem do Bambu. O produto garante resistência ao intemperismo, não propaga chamas e diferente dos produtos similares, vernizes e adesivos de origem mineral, não tem cheiro e não necessita de manutenção periódica a cada ano. A sua competitividade no mercado é agravada pela falta de insumos nacionais, como o MDI, que é importado, pois a única fabricante do mundo, a Basf, encerrou suas atividades no país. Este artigo, é um apelo aos habitantes deste planeta, sobretudo os brasileiros, que tem a obrigação de conhecer, defender e difundir o uso, estimulando a sua produção e acessibilidade. Com agradecimentos especiais a Imperveg Polímeros Vegetais e Kehl Coat pelo apoio na distribuição de amostras para estudos, pioneirismo, coragem e resiliência às intempéries, vícios e o desmantelo da política nacional nas últimas décadas. Uma singela e justa homenagem ao professor doutor Gilberto Orivaldo Chierice (1943–2019), que gradativamente tem a sua memória apagada pela borracha da ignorância.
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A Magia do Boro
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Boro é um alienígena, raios cósmicos que explodiram contra a Terra se precipitando em cristais ultra resistentes quando em contato com o sal hidratado, o Boráx, Borato de sódio ou Tetraborato de sódio. É economicamente explorado como um mineral em mais de 150 compostos que variam de acordo com a geologia devido a oxidações, hidratados de cálcio, magnésio e pela atividade vulcânica. Possivelmente a força deste impacto de luz seja responsável pela vida vegetal e até humana na Terra pois o Boro é um elemento essencial para as plantas e está associado aos sete Elementos Ultratraços, um grupo de minerais presentes em todos os organismos e que exercem funções metabólicas até hoje desconhecidas. São eles o Arsênio, Boro, Flúor, Germânio, Lítio, Silício e o Vanádio, a concentração desses elementos é extremamente pequena nos organismos e a administração externa como suplemento, medicamento ou inseticida deve ser rigorosamente monitorada. A maior reserva de Boráx encontra-se na Turquia 63%, quase inexplorada e a maior mina comercial a céu aberto fica no EUA no deserto de Mojavi na Califórnia, responsável por 50% da produção mundial de Boratos que são utilizados na pesquisa aeroespacial para a construção de espaçonaves, como fibra de vidro, compostos cerâmicos, insumos agrícolas, medicamentos e inseticidas. A sua utilização é conhecida desde a Babilônia e atualmente o consumo mundial atingiu níveis tão altos que as reservas de Bórax do planeta, incluindo as da Tuquia, Chile, China, Bolívia, Alemanha, Peru, Rússia e Argentina, possam se esgotar em menos de 200 anos. A banalização do seu uso é tão alarmante que é possível encontrá-lo em altas concentrações por todos os lugares em rios, efluentes e lixões urbanos devido o uso generalizado na agricultura ou em forma de detergentes e pesticidas, promovendo a mortandade de inúmeras espécies de peixes e artrópodes como besouros, borboletas, centopeias e contaminando lençóis freáticos pelo descarte inadequado. Pesquisas indicam que o contato regular pode afetar o sistema reprodutor masculino de humanos, causando ainda irritações cutâneas e problemas respiratórios quando inalado. Ainda hoje assistia a um curso ao vivo sobre o tratamento do bambu para uso na construção e as melhores indicações eram o uso do Arsênio e do Boro. O instrutor dizia serem os mais eficazes cientificamente, com o menor prejuízo para os seres humanos e a natureza. Acho que ele nunca pesquisou nem na Wikipedia o que representam estes elementos, pra se ter uma ideia, a receita para o tratamento do bambu foi a de uma solução de 5% de Boráx diluído em água, o que representa a contaminação de uma pequena piscina de 500 litros com 25kg do pó milagroso, enquanto a recomendação para o uso seguro na correção do solo é de no máximo 3kg por hectare. Nesta toada ou o Boráx se acaba ou ele acaba com a gente e não restará nem meio ambiente.
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A ECOLOGIA DO BAMBU
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O bambu é um dos vegetais mais antigos do planeta e considerado o biomaterial mais utilizado pela humanidade. Paleontólogos afirmam ter sido o bambu a dieta principal dos dinossauros no período Cretáceo há mais de 100 milhões de anos. Em 2019, cientistas da Índia obtiveram provas fósseis de duas novas espécies de bambu, datadas do período Oligoceno (25 milhões de anos). Essa descoberta coloca a Índia como berço do bambu, em vez da China, como se acreditava anteriormente. Para compreender a importância desta descoberta, imagine que o bambu vem aprimorando a estrutura genética ao longo de sua existência, para resistir às drásticas mudanças climáticas e significativas catástrofes enfrentadas pelo planeta. Além disso, foi testemunha do surgimento e ferramenta do desenvolvimento da humanidade. Podemos dizer que esta planta foi fundamental para o desenvolvimento humano, pois ele serviu de alimento e abrigo por milhares de anos antes da evolução da agricultura e a introdução de outras espécies. Também eram feitos de bambu instrumentos de armazenamento, artefatos, embarcações, combustíveis variados e engrenagens dos mais diversos tipos. São raros os fósseis de utensílios de bambu no estudo da arqueologia, justamente por sua natureza renovável. No entanto, é possível datar a sua aparição em contato com o ser humano há 400 mil anos, como artefato de fricção para produzir o fogo e, há 3.000 anos na China como o Livro das Mutações, o “I Ching” — formado de feixes de ripas amarradas pelas pontas, pois o papel ainda não havia sido inventado. Embora largamente utilizadas, as construções feitas de bambu não foram preservadas por longos períodos, mas sabe-se que o Taj Mahal, na Índia, edificado em 1653 tem a sua cúpula feita de bambu, sendo talvez a obra estrutural mais antiga já identificada. É possível encontrar nas províncias do Japão, Vietnã, China, Índia e Indonésia, construções camponesas com mais de 100 anos. O bambu é conhecido como o maior sequestrador de CO2 da atmosfera em todo o reino vegetal, e por ter um ciclo de vida curto, que varia entre 10 e 20 anos, precisa ser utilizado em todas as suas fases de vida, propiciando assim o manejo adequado para o melhor aproveitamento da cultura. Indivíduos velhos consomem a energia necessária para o desenvolvimento dos mais jovens e a ausência de luz faz com que o crescimento seja interrompido, gerando deformações e matéria prima inútil para manufaturas. Sendo característica das plantas, assim como de todos os seres vivos que, quando morrem liberam na atmosfera novamente todo o carbono armazenado, é preciso fixar este carbono colhendo os indivíduos maduros e transformando-os em utensílios de vida mais prolongada. Mas, por ser um material orgânico, a sua decomposição também é rápida e este teria sido talvez o maior desafio da humanidade, conservar as obras de bambu pelo maior tempo de vida possível. Para se ter uma ideia da magnífica interação do bambu com o mecanismo de auto gestão do planeta, esta foi a única espécie vegetal que brotou espontaneamente após a catástrofe ambiental de 1945, causada pelas bombas atômicas lançadas pelos EUA em Hiroshima e Nagazaki no Japão. Ou seja, o bambu sinalizou que a partir daquele momento, haveria condições de regeneração da vida naquele lugar. O pensamento reducionista-mecanicista que separa as partes do todo e foi herdado de filósofos da Revolução Científica do século XVII, como Descartes e Newton, interferiu no processo de desenvolvimento sistêmico que é intrínseco da natureza e de todos os modelos de vida existentes no planeta. Assim como o corpo humano é constituído de órgãos que interagem entre si para manter a vida, da mesma forma são constituídas as plantas e os demais seres que interagem todos entre si e mantêm o fluxo harmônico da nossa existência. Os últimos séculos foram marcados por inúmeras demonstrações de esgotamento dos recursos naturais e da própria vida humana devido a este pensamento, e, especialmente no último século, o bambu tem sido apresentado aos povos do Ocidente já inserido nesta forma de utilização predadora. Isso rompe com uma tradição de povos antigos, que lhe atribuíam uma função filosófica primordial. No Oriente, são ensinadas Sete Lições do Bambu: 1- O bambu resiste à tempestade porque teve a grandeza e a humildade de se curvar diante dela, em respeito à sua natureza Divina; 2- O bambu tem raízes profundas, pois só assim é possível crescer e alcançar as alturas, demonstrando o respeito à ancestralidade; 3- O bambu vive em comunidade e cada indivíduo é responsável pela existência um do outro, ou seja, a cooperação leva ao sucesso; 4- A meta do bambu é o céu e por isso ele não cria galhos que possam atrapalhar a sua escalada e a dos seus irmãos. Ele não se apega à futilidades; 5- O bambu não tem ego — ele coleciona em seus nós todas as pedras e espinhos do caminho, aceitando sua imperfeição e ganhando sustentação para subir com as dádivas recebidas, em comunidade; 6- O bambu é oco, é vazio de si mesmo, é acolhedor, estando sempre disponível para receber o que vem de fora, sem se ressentir; 7- O bambu vive em busca das coisas do altíssimo, da PAZ e do BEM comum. O bambu, portanto, existe como se não tivesse razão de ser e com isso nos ensina a suprir todas as nossas necessidades básicas de forma colaborativa, para que em comunidade possam cada indivíduo apoiar e permitir a existência do outro em sua melhor performance. Aquele pensamento reducionista adotado nos últimos séculos, sintetizou e deturpou de forma repetitiva e mecânica todos os esforços que a Natureza e o ser humano, com toda a sua genialidade, construíram ao longo de suas existências de forma integrada. Com a revolução industrial, o ser humano passou a ser uma máquina reprodutiva e utilizou a natureza como matéria prima para todos os artifícios de morte em massa. No século XX, inúmeras mentes brilhantes notaram essa fragmentação destrutiva vinda da evolução das civilizações e produziram diversos trabalhos de reconstrução do pensamento sistêmico — que era natural de povos originários — , trazendo-o como uma das chaves para a solução dos problemas mais graves que acometem todas as sociedades do mundo atual. Seguem alguns exemplos: · O célebre cientista americano Carl Sagan, com a série de TV Cosmos, desvenda para a humanidade muitos dos mistérios do universo. Dentre os seus mais de 600 livros, em “O Mundo Assombrado pelos Demônios”, questiona as bases que pautam as sociedades modernas, sob a luz da ciência. · O físico austríaco Fritjof Capra em seu primeiro livro comercial, “O TAO da Física”, apresenta a ciência sob o ponto de vista filosófico, indo contra todos os conceitos que a regiam até então. Tornou-se, como escritor, o maior decodificador do pensamento sistêmico, criando teorias aplicáveis à resolução dos problemas econômicos e sociais da humanidade sob o olhar científico. Ele inspirou as teorias das conexões em rede e a apropriação e aplicação do conhecimento científico pelos próprios indivíduos, em prol das suas comunidades. · O sociólogo polonês Zygmunt Bauman e a sua Modernidade Líquida, refere-se ao estado de consciência volátil da pós-modernidade e expõe de forma límpida e clara como as sociedades de consumo com as suas ferramentas tecnológicas de mídias sociais, difundem uma quantidade gigantesca de informações, mas por causa do individualismo das práticas, nada ajudam na aplicação dos conhecimentos. · Influenciado pela complexidade do termo “Ecologia” (A palavra que deriva da junção grega Ökologie, eco (Oikos) Casa e logia (Logos) Estudo), criado pelo cientista alemão Ernest Haeckel em 1866, o filósofo francês Edgar Morin em 1977 publica sua sua grande obra “O Método”, criando o pensamento complexo onde fundamenta os Sete Pilares para a Educação do Futuro, os quais faço aqui uma interpretação livre e uma analogia com as 7 lições do bambu: 1- Partir da própria experiência de vida, receber as forças da natureza com humildade, respeito e interação, se curvar e viver o caminho; 2- Filtrar as fontes de informação, se orientar por bases sólidas e criar raízes; 3- Compreender a realidade tridimensional da condição humana, que interage com os demais seres ao seu redor e desenvolver o espirito comunitário; 4- Estabelecer empatia com o outro, compreender e aceitar a condição humana e não criar galhos que atrapalhem o desenvolvimento mútuo; 5- O conhecimento é mutável, as ações geram conflitos e incertezas, aprender com os erros e criar nós de sustentação, dissolver o ego e conquistar aliados; 6- Aceitar a complexidade dos fenômenos do tempo e do espaço, permanecer oco e vazio de certezas; 7- Adotar a ética como o limite da ação, respeitando a própria condição de um ser tridimensional, biológico, individual e social. Essa evidente sensação de coincidência que a leitura dos Sete Pilares produz quando comparadas com as Sete Lições do Bambu, é explicada pelo conceito de Arquétipo, que foi criado por outro grande influenciador desse século abençoado: o psiquiatra suíço Carl Jung. Este conceito se traduz como um modelo antigo a ser seguido, é como se algo representasse um protótipo ou remetesses antigas impressões sobre algo. Nesse sentido eu ouso declarar que o bambu é um arquétipo da humanidade. O século XXI abre as portas sob a luz dessas influências regeneradoras da condição humana na Terra. Do ponto de vista prático e transformador de realidades, o termo Permacultura, proposto pelo pesquisador e cientista naturalista australiano Bill Mollison, no início da década de 1970, representa um manual de instruções de como contemplar esses princípios com ações práticas no âmbito comunitário. A Permacultura é definida como um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis. Tamanha é a complexidade desta definição, que a humanidade levará ainda algumas décadas para a aplicação precisa do termo. Fortemente influenciada pelas ideias do filósofo e agricultor japonês, Masanobu Fukuoka, autor do livro “A Revolução de uma folha de Palha”, que apresenta o Método Fukuoka de agricultura ecológica, a Permacultura — que significa cultura permanente, foi muito além da agricultura. Ela reuniu uma diversidade de saberes e ensinamentos científicos e os ditos populares, sobre como agir equilibradamente em comunidades e tem influenciado várias gerações de pensadores da atualidade. Poder-se-ia dizer que a Permacultura é um sistema de harmonização de realidades. É um instrumento que permite reunir informações relevantes sobre uma situação a ser enfrentada e encontrar a solução mais harmônica a ser aplicada dentro dos princípios e conceitos da Ecologia, que por sua vez são sintetizados nos Sete Pilares da Educação Moderna e que eram ensinados há milênios nas Sete Lições do Bambu.
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