Bambu Ecológico
Estrada principal do Canta galo SN Sítio Canta galo
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Agroindústria, Bambu, Bioconstrução, Consultoria, Cursos, Pesquisa, Preservação, VoluntariadoWebsite: https://fabiotakwara.medium.com/
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Sobre
Nascido em SP no inverno dos caranguejos de 1966, sob a regência rebelde do Cavalo de Fogo, o poder do Dragão Harmônico Vermelho, kim nº 1 dos Maias, filho de Ogum, o santo ferramenteiro e general dos exércitos, na pátria mãe de todos, a África. Com esta configuração globo astrológica, vim ao mundo para ser apedrejado.
Expulso da escola pela 1ª vez em 1978, me tornei auto-didata por repressão e continuo até hoje por pura convicção (se quiser o meu currículo que não lattes e nem mordereis, leia em Ficha de Anarquista no medium.com).
O meu interesse pelo bambu se deu 1998, no estado do Goiás, quando já trabalhava numa pesquisa de papel artesanal com fibra de bananeira, uma fábrica no quintal que produzia folhas e produtos como luminárias com armação de bambu, confeccionadas por um membro da comunidade que utilizava as sobras de uma fábrica de móveis. Fui conhecer a fábrica – Artesã Móveis – que utilizava o bambu, junco e o vime, fibras já há muito utilizadas pelos povos do Oriente e tive um bom contato com os processos de fabricação, uma vez que fiz o portfólio de fotografia digital da empresa por 15 dias de sessão.
No ano 2000 sofri um acidente que afetou a coluna vertebral de ponta-a-ponta e me tirou do combate por 5 anos, deixando sequelas que carrego até hoje. Em 2009, por forças do destino, vim parar em São Tomé das Letras, região onde nasceram meus pais, e herdei um sítio de +ou- cinco hectares sendo 1ha do bambu da movelaria, a cana-da-índia, o bambu dourado, o bambu que serve para dentro e não para fora de casa.
No sítio não havia casa e como o bambu tomou conta da área mais privilegiada do terreno, onde existe água, tornou-se para mim um duplo desafio, administrar as terras que continuam até hoje produzindo floresta nativa nos braços da Mata Atlântica, e iniciei uma pesquisa de como utilizar aquele bambu para a construção de uma habitação resiliente, e, mais importante, conter este bambu que configura uma ameaça, dado o seu potencial de alastramento.
Comecei me valendo dos métodos já conhecidos, que além dos impactos causados na sua produção – inseticidas (que nunca usei) tintas e vernizes voláteis de pouca duração – produzem resíduos indesejáveis para o meio ambiente e a saúde dos usuários. Descobri em 2012 um poliuretano vegetal obtido do óleo da mamona, utilizado na biomedicina para a produção de próteses humanas (leia nos artigos…), uma pesquisa realizada no Brasil desde 1994 que inspirou a engenharia civil para a produção de impermeabilizantes de alto desempenho.
Em 2013, o proprietário da Imperveg Polímeros Vegetais, empresa situada no interior de SP, demonstrou interesse pela minha pesquisa e passou a fornecer amostras para testes com o bambu. Em 2014, em Brasília no Sítio Permacultural Geranium, consegui apoio para a construção do primeiro protótipo em tamanho real de uma estrutura com 80m² de área útil e vão livre de 10m de diâmetro, uma cúpula geodésica composta de 165 varas de bambu e 150 chapas de papelão e tecido, utilizadas na cobertura, cobertas com a resina de mamona e areia fina para melhorar a resistência (detalhes no YouTube).
A essa altura já havia desistido da casa no campo e passei a dar cursos e estudar formas de certificação da descoberta, testes laboratoriais e certificações para a difusão em massa, que até hoje não consegui. Em 2018 fui convidado pela profª dra Tânia Cruz, socióloga e coord. da engª ambiental na UnB, faculdade de Planaltina, cidade histórica que abriga o fenômeno do Encontro das Águas e uma população gigantesca de assentados da reforma agrária, sem teto, abrigados em barracões improvisados. Com a parceria de alunos e o coletivo CalangArte, fundamos o LaPeCFaS – Laboratório de Pesquisas em Construção e Fazeres Sustentáveis – um projeto de extensão continuada que identificou na ESECAE – Reserva Ecológica de Águas Emendadas – uma população de uma espécie de bambu exótico de comportamento invasor, um irmão mais forte do bambu dourado, o Mossô, também conhecido como bambu japonês – trazidos pelos imigrantes – que atinge até 15m de altura e diâmetro de 10cm, uma fortaleza. Iniciamos uma pesquisa de erradicação da espécie, levando-se em conta o risco de proliferação dentro da reserva, envolvendo a comunidade local no manejo. Aprovamos projeto de implantação de uma eco-indústria comunitária no FDD – Fundo de Direitos Difusos – verba de 7,5mi, que obviamente não foi liberada.
Em 2019, em parceria com o IFB – Instituto Federal de Brasília – faculdade de Agroecologia do campus de Planaltina, conduzimos uma pesquisa para o tratamento ecológico do bambu retirado da reserva, valendo-se das experiências negativas já realizadas em outros trabalhos que utilizavam o Boro e o Sulfato de Cobre como imunizante. O estudo de referências acadêmicas, publicadas nos mais diversos canais de pesquisa pelo mundo, resultaram na concepção de um forno que utiliza o próprio resíduo, no caso a fumaça da lenha utilizada para gerar vapor, como imunizante, a fumaça líquida ou Ácido Pirolenhoso.
Com as restrições à pesquisas, impostas pelo regime governamental somadas a COVID-19, os trabalhos foram descontinuados e retornei para o meu sítio em Minas Geras, onde construí um outro protótipo do forno, compartilhando os resultados com a equipe do IFB por via remota. As diretrizes governamentais de qualquer regime, ignoram o poder de regeneração socioeconômica e ambiental inerentes às cadeias de produção do bambu. Conduzir a pesquisa independente do poder público, é tarefa que a sociedade consciente e organizada devem assumir, promovendo formas de difusão e apoio financeiro, assegurando o futuro das próximas gerações (Leia em a Ecologia do Bambu).
A proposta aqui sugerida, trata de um experimento social inédito, uma vez que as cadeias de produção do bambu no Brasil, ainda não saíram do plano dos sonhos. Pretende-se utilizar a área acima citada, no município de São Tomé das Letras-MG, como estudo de implantação de uma unidade produtiva de baixo impacto ambiental, que servirá de modelo para replicação em outras localidades onde existem a ocorrência de bambuzais e populações vulneráveis.
O estudo abrangerá a quantificação da biomassa coletada e o seu percentual de fixação de carbono, por meio dos produtos acabados que serão desenvolvidos em função da tipologia do material: varas inteiras, pontas, retalhos, folhas, serragem. O manejo da área cultivada contará com a colheita e o beneficiamento dos brotos para alimentação, promovendo ainda a contenção e a saúde do bambuzal. Os resultados obtidos servirão de base para projetos futuros de expansão e a previsão aproximada do crédito de carbono alcançado, servindo de inspiração para outras iniciativas.
A estruturação do local, assim como todo o desenvolvimento do estudo, se dará de forma popular, por meio de cursos abertos, voluntariado, parcerias público/privadas, intercâmbios, e, necessitará de um bom suporte financeiro para se tornar acessível ao seu público-alvo. Esta ação é de caráter permanente, com início previsto para maio/23, instituindo no espaço um centro livre de pesquisa, aprendizagem e difusão de tecnologias sociais aplicadas às cadeias produtivas do bambu em nosso país. Acompanhem a grade de eventos e NOVAS UNIDADES, neste canal.
Interessados em se aprofundar e/ou colaborar com a planejamento e a execução deste trabalho, sintam-se convidad@s!
Inshjalá!
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A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente em nossas vidas, seja no uso de assistentes virtuais em smartphones, sistemas de reconhecimento facial em aeroportos ou em programas de previsão do tempo. Uma das ferramentas mais promissoras da IA é o
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São Thomé das Letras é uma cidade do Sul de Minas Gerais, situada a 1440m de altitude e aproximadamente a 300km das capitais de MG, SP e RJ. A região foi originalmente ocupada pelo índios Caraguases que habitavam as grutas e encostas rochosas e
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Passando pra divulgar essa pesquisa P. das Galáxias...
https://ciagro.institutoidv.org/ciagro/uploads/1753.pdf
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Biomassa é todo recurso de matéria orgânica renovável utilizada para a produção de alimento, energia termoelétrica ou combustíveis. Sua origem pode ser animal (dejetos, camas de aviários, bovino,etc), florestal (galhos, podas, troncos), agrícola (palhas de arroz, soja, milho, cana-de-açucar, cascas e sementes), industriais e
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OBrasil é conhecido como o país da biodiversidade, e não é para menos, o seu território corresponde a 17% da área terrestre tropical, 12% das águas superficiais, 11% de todas as plantas conhecidas no planeta e é claro que temos bambu. O bambu possui
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Poliuretanos, são polímeros, moléculas menores que se combinam quimicamente para formar moléculas longas e ramificadas. São exemplos de polímeros, todos os plásticos conhecidos. Policarbonato (PC), Policloreto de vinilo ou cloreto de polivinila (PVC), Poliestireno (PS), Polipropileno (PP), Polietileno Tereftalato (PET), Plexiglas ou acrílico (PMMA)
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Boro é um alienígena, raios cósmicos que explodiram contra a Terra se precipitando em cristais ultra resistentes quando em contato com o sal hidratado, o Boráx, Borato de sódio ou Tetraborato de sódio. É economicamente explorado como um mineral em mais de 150 compostos
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O bambu é um dos vegetais mais antigos do planeta e considerado o biomaterial mais utilizado pela humanidade. Paleontólogos afirmam ter sido o bambu a dieta principal dos dinossauros no período Cretáceo há mais de 100 milhões de anos. Em 2019, cientistas da Índia
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